Mas, você passou depressa. Depressa demais.
Mal pude ver. E já não existia mais.
Esperei você vir de novo. Nos meus sonhos de sempre. Mas, você não veio.
Não apareceu. Não mandou recado. Nenhum sinal para que eu pudesse
interpretar ou buscar naqueles livrinhos de “significado dos sonhos”.
Nem em pesadelo. Para afogar as mágoas.
Esperei você no clarear do dia. Talvez tivesse alguma visão. Mas,
minhas vistas têm ficado “embaralhadas” ultimamente. Não enxergo e
também não vejo muito além.
Esperei chegar a chuva e, talvez, depois da tempestade, ver você no
arco-íris. Choveu tanto. Mas, não teve nada mais do que enxurradas,
levando tudo embora. E nada de você aparecer. Nem nos pingos na janela.
Nem nas lembranças que eu não consigo lembrar.
Esperei você na Primavera.
No Verão.
No Outono.
No Inverno, minha estação preferida.
E você não veio de novo.
Daí me lembrei que você passa depressa.
E talvez eu tenha que agir mais rápido.
Para ver se te alcanço.
Te enlaço.
Te dedico alguma coisa.
Que ainda não sei.
-- M. Kikuti
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